Seguidores
Blog Archive
- dezembro (2)
- outubro (1)
- junho (1)
- maio (1)
- dezembro (1)
- janeiro (1)
- dezembro (1)
- novembro (3)
- outubro (2)
- setembro (1)
- agosto (2)
- junho (2)
- abril (1)
- março (1)
- fevereiro (2)
- dezembro (1)
- novembro (1)
- outubro (1)
- setembro (1)
- agosto (1)
- julho (1)
- junho (2)
- maio (3)
- abril (1)
- março (1)
- fevereiro (2)
- janeiro (1)
- dezembro (1)
- novembro (1)
- outubro (1)
- setembro (1)
- agosto (2)
- julho (1)
- junho (1)
- maio (1)
- abril (1)
- março (1)
- fevereiro (2)
- dezembro (2)
- novembro (2)
- outubro (1)
- setembro (1)
- agosto (2)
- junho (3)
- abril (1)
- março (6)
- fevereiro (1)
- janeiro (3)
- dezembro (3)
- novembro (1)
- outubro (5)
- setembro (4)
- julho (2)
- junho (1)
- fevereiro (1)
- janeiro (1)
- agosto (1)
- julho (1)
- dezembro (2)
- novembro (1)
- setembro (3)
Tecnologia do Blogger.
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
GARIBUS
OS MENINOS DE PLÁSTICO DO ISLÃ
O que acharíamos se encontrássemos centenas de crianças entre 05 a 15 anos nas ruas, sem utilizar drogas, sem armas, sem bastões para fazerem marabalismos nos sinais de trânsito. Pelo contrário, munidos de marmitas, um pedaço de madeira com textos alcorânicos em árabes e, olhos cansados de ler sobre a luz da fogueira até altas horas da noite.
Existe uma grande diferença entre os meninos de rua do Brasil e os que costumo receber na minha lojinha que abro no mercado de Djibo todas quartas, onde faço evangelismo . Foi observando os mesmo que nasceu este artigo: Garibus os meninos de plástico do Islã.
Na vila que trabalho atualmente depois das vacas e ovelhas o que mais encontro nas ruas empoeiradas são os Garibus , termo em árabe para os pequenos discípulos do Islã. Substituirei o termo Garibu pela sigla M.P.I (Meninos de Plásticos do Islã) criei essa sigla devido à resistência e elasticidade e durabilidade destas crianças. Dormem em qualquer lugar, comem o que tem, se ficam doentes são curados ou morrem sem ajuda de médicos.Então exclamei: são de plásticos! Comecei a ter contato com os M.P.I assim que cheguei aqui em Djibo, todas as noites uma voz triste e apagada gritava na escuridão palavras de bênçãos e súplicas por alimentos em fulfulde tais como:
Allá hokke cella – Deus lhe dê saúde
Allá windu baradi – Que Deus escreva uma benção
Allá beydu jam – Que Deus ajunte a paz
Garibu Alsilaami – M.P.I do islamismo
Hokaram Nyiri, Maaro etc – Me dê pirão de milho, arroz etc.
No início foi difícil dizer algo para os M.P.I que chegavam a minha porta, pois o conhecimento da língua era limitado, hoje sei que quando não temos nada para dar ou mandá-los embora basta dizer Allá Newu (Que Deus providencie para você) nunca um M.P.I vai olhar nos seus olhos e dizer algo, eles sentem vergonha a escuridão da noite proporciona o esconderijo perfeito para as frases de agradecimento que citei acima.
ORIGEM DOS M.P.I
Segundo Yakuba um fulani que me auxilia no estudo da língua, os M.P.I não são citados no alcorão (livro sagrado do Islã) Mohamed nunca ordenou que um grupo de crianças fosse ensinado nas condições mais precárias possíveis para ser um mulçumano no futuro.
O líder dos M.P.I segundo a tradição islâmica local é o Marabu uma espécie de professor que utiliza métodos arcaicos para o ensino do alcorão, a ponto de maltratar as crianças caso citem um texto errado. Um dia escutei de um Marabu na rua discutindo com um cristão as vantagens que tinha em ser um M.P.I, ele afirmou que se caso a Criança crescer no nível de Árabe ela poderia ir para o Egito. O mesmo Marabu afirmou que cada família que envia um de seus filhos para estudar o alcorão Allá abençoará e prosperará sua descendência no presente e porvir.
Como isso todos os verões período mais quente do ano aqui no Sahel (45 C) centenas de crianças do sexo masculino chegam a Djibo vindo de vários vilarejos distantes às vezes cerca de 150 km para se engajarem nesse estudo em média de três meses.
Muitos caminham a pé esta distância entre desertos e matas para chegarem aqui não se importando com a dureza e os perigos que às vezes alcança-os.
O DIA A DIA DOS M.P.I
Fajiri em árabe trata-se do período entre 6:00 às 9:00 horas da manhã nesse período eles já estão de pé até mesmo antes para fazer a primeira oração mulçumana do dia, o segundo passo do dia é sair de casa em casa ou ir ao mercado mendigar alimento usando o nome de Deus. Em Djibo o que resta da janta é usado como café da manhã para a maioria das pessoas então; mais uma vez eles terão o que comer.
Durante à tarde é livre até às 15:00hs quando devem recomeçar suas atividades de oração e leitura do alcorão. Em certo aspecto à tarde é um pouco “livre” sendo o momento de buscar madeira para a esposa do líder fazer a comida,vale salientar que eles não participarão dessa refeição;o trabalho continua onde eles passarão a vassoura no quintal da escola e preparará o fogo para a longa jornada noturna que começará em seguida quando o Sol deitar. Outros vão tomar banho no rio próximo e lavar suas vestimentas.
Laasara é o momento do dia entre 17:00 às 19:00hs a escuridão chega e um novo mundo se abri para os M.P.I é hora de procurar algo par forrar o estômago e sobreviver mais uma estafante noite de estudo do alcorão. Todos os pequenos restaurantes de estrada que são típicos aqui na África são lotados de M.P.I que esperam um resto de comida para escapar mais uma noite. Muitos ganham o Hirande (Janta) como o prato principal do dia, isso se forem sucedidos na busca.
“ FELIZ AQUELE QUE PEGAR OS FILHOS
E OS DESPEDAÇAR CONTRA A ROCHA. “SL 137:9”.
Conclusão
Hoje entendo um pouco mais sobre os M.P.I. O que posso fazer? E como podemos mudar esse quadro tão triste a qual somos confrontados? Não é só em Djibo mais em todas as vilas do Sahel encontraremos crianças como as que descrevi aqui. Se perguntarmos para um deles: Qual é seu herói preferido? Eles em uma só voz pronunciarão o nome de Osama Binladen. É o único exemplo de vida que os mesmos tem para seguir pois nunca ouviram falar de Jesus Cristo. Mais do que missionários eles necessitam de alguém que os amem da forma que são e nas condições que vivem. Paciência é uma arma importantíssima entre os que profitam algo entre estes meninos pois, vários são escravizados pelos Marabus chegando a sacrificarem sua própria vida pelos líderes. Caso algum venha a se converter aqui teremos que ter uma estrutura para dar um apoio e discipulado isso requer tempo e paciência.
Temos recebido em nossa casa alguns M.P.I para um estudo do antigo testamento através de cassetes e livros ilustrados ajudando a memorização. Ao retornarem para o vilarejo serão confrontados com a família e se encontrarem algum cristão terão a oportunidade de se congregarem e compartilharem o que aprenderam sobre Moisés, Abrão e Jesus.
Acredito que este artigo servirá de alguma forma para mudar a situação dos M.P.I e orientar a igreja brasileira e os amantes de missões em direção a intercessão que toca o coração de Deus e movimenta sua mão em direção as crianças as quais pertencem o reino de Deus, como Jesus disse em suas palavras.
Meu desejo é ver um dia os M.P.I no céu vestidos com vestes brancas e não mais rasgadas, cantando um novo cântico e não com lamentos com palmas nas mãos em vez de tábuas de madeiras, encontrá-los no céu com um sorriso e um rosto transformado a qual não expressarão tristeza nem dor.
Cristiano Carneiro da Silva
OS MENINOS DE PLÁSTICO DO ISLÃ
O que acharíamos se encontrássemos centenas de crianças entre 05 a 15 anos nas ruas, sem utilizar drogas, sem armas, sem bastões para fazerem marabalismos nos sinais de trânsito. Pelo contrário, munidos de marmitas, um pedaço de madeira com textos alcorânicos em árabes e, olhos cansados de ler sobre a luz da fogueira até altas horas da noite.
Existe uma grande diferença entre os meninos de rua do Brasil e os que costumo receber na minha lojinha que abro no mercado de Djibo todas quartas, onde faço evangelismo . Foi observando os mesmo que nasceu este artigo: Garibus os meninos de plástico do Islã.
Na vila que trabalho atualmente depois das vacas e ovelhas o que mais encontro nas ruas empoeiradas são os Garibus , termo em árabe para os pequenos discípulos do Islã. Substituirei o termo Garibu pela sigla M.P.I (Meninos de Plásticos do Islã) criei essa sigla devido à resistência e elasticidade e durabilidade destas crianças. Dormem em qualquer lugar, comem o que tem, se ficam doentes são curados ou morrem sem ajuda de médicos.Então exclamei: são de plásticos! Comecei a ter contato com os M.P.I assim que cheguei aqui em Djibo, todas as noites uma voz triste e apagada gritava na escuridão palavras de bênçãos e súplicas por alimentos em fulfulde tais como:
Allá hokke cella – Deus lhe dê saúde
Allá windu baradi – Que Deus escreva uma benção
Allá beydu jam – Que Deus ajunte a paz
Garibu Alsilaami – M.P.I do islamismo
Hokaram Nyiri, Maaro etc – Me dê pirão de milho, arroz etc.
No início foi difícil dizer algo para os M.P.I que chegavam a minha porta, pois o conhecimento da língua era limitado, hoje sei que quando não temos nada para dar ou mandá-los embora basta dizer Allá Newu (Que Deus providencie para você) nunca um M.P.I vai olhar nos seus olhos e dizer algo, eles sentem vergonha a escuridão da noite proporciona o esconderijo perfeito para as frases de agradecimento que citei acima.
ORIGEM DOS M.P.I
Segundo Yakuba um fulani que me auxilia no estudo da língua, os M.P.I não são citados no alcorão (livro sagrado do Islã) Mohamed nunca ordenou que um grupo de crianças fosse ensinado nas condições mais precárias possíveis para ser um mulçumano no futuro.
O líder dos M.P.I segundo a tradição islâmica local é o Marabu uma espécie de professor que utiliza métodos arcaicos para o ensino do alcorão, a ponto de maltratar as crianças caso citem um texto errado. Um dia escutei de um Marabu na rua discutindo com um cristão as vantagens que tinha em ser um M.P.I, ele afirmou que se caso a Criança crescer no nível de Árabe ela poderia ir para o Egito. O mesmo Marabu afirmou que cada família que envia um de seus filhos para estudar o alcorão Allá abençoará e prosperará sua descendência no presente e porvir.
Como isso todos os verões período mais quente do ano aqui no Sahel (45 C) centenas de crianças do sexo masculino chegam a Djibo vindo de vários vilarejos distantes às vezes cerca de 150 km para se engajarem nesse estudo em média de três meses.
Muitos caminham a pé esta distância entre desertos e matas para chegarem aqui não se importando com a dureza e os perigos que às vezes alcança-os.
O DIA A DIA DOS M.P.I
Fajiri em árabe trata-se do período entre 6:00 às 9:00 horas da manhã nesse período eles já estão de pé até mesmo antes para fazer a primeira oração mulçumana do dia, o segundo passo do dia é sair de casa em casa ou ir ao mercado mendigar alimento usando o nome de Deus. Em Djibo o que resta da janta é usado como café da manhã para a maioria das pessoas então; mais uma vez eles terão o que comer.
Durante à tarde é livre até às 15:00hs quando devem recomeçar suas atividades de oração e leitura do alcorão. Em certo aspecto à tarde é um pouco “livre” sendo o momento de buscar madeira para a esposa do líder fazer a comida,vale salientar que eles não participarão dessa refeição;o trabalho continua onde eles passarão a vassoura no quintal da escola e preparará o fogo para a longa jornada noturna que começará em seguida quando o Sol deitar. Outros vão tomar banho no rio próximo e lavar suas vestimentas.
Laasara é o momento do dia entre 17:00 às 19:00hs a escuridão chega e um novo mundo se abri para os M.P.I é hora de procurar algo par forrar o estômago e sobreviver mais uma estafante noite de estudo do alcorão. Todos os pequenos restaurantes de estrada que são típicos aqui na África são lotados de M.P.I que esperam um resto de comida para escapar mais uma noite. Muitos ganham o Hirande (Janta) como o prato principal do dia, isso se forem sucedidos na busca.
“ FELIZ AQUELE QUE PEGAR OS FILHOS
E OS DESPEDAÇAR CONTRA A ROCHA. “SL 137:9”.
Conclusão
Hoje entendo um pouco mais sobre os M.P.I. O que posso fazer? E como podemos mudar esse quadro tão triste a qual somos confrontados? Não é só em Djibo mais em todas as vilas do Sahel encontraremos crianças como as que descrevi aqui. Se perguntarmos para um deles: Qual é seu herói preferido? Eles em uma só voz pronunciarão o nome de Osama Binladen. É o único exemplo de vida que os mesmos tem para seguir pois nunca ouviram falar de Jesus Cristo. Mais do que missionários eles necessitam de alguém que os amem da forma que são e nas condições que vivem. Paciência é uma arma importantíssima entre os que profitam algo entre estes meninos pois, vários são escravizados pelos Marabus chegando a sacrificarem sua própria vida pelos líderes. Caso algum venha a se converter aqui teremos que ter uma estrutura para dar um apoio e discipulado isso requer tempo e paciência.
Temos recebido em nossa casa alguns M.P.I para um estudo do antigo testamento através de cassetes e livros ilustrados ajudando a memorização. Ao retornarem para o vilarejo serão confrontados com a família e se encontrarem algum cristão terão a oportunidade de se congregarem e compartilharem o que aprenderam sobre Moisés, Abrão e Jesus.
Acredito que este artigo servirá de alguma forma para mudar a situação dos M.P.I e orientar a igreja brasileira e os amantes de missões em direção a intercessão que toca o coração de Deus e movimenta sua mão em direção as crianças as quais pertencem o reino de Deus, como Jesus disse em suas palavras.
Meu desejo é ver um dia os M.P.I no céu vestidos com vestes brancas e não mais rasgadas, cantando um novo cântico e não com lamentos com palmas nas mãos em vez de tábuas de madeiras, encontrá-los no céu com um sorriso e um rosto transformado a qual não expressarão tristeza nem dor.
Cristiano Carneiro da Silva
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Cristiano, meu irmão em Cristo, soube dessa dura realidade no final de semana passado, pelo Pastor Edinho (Bobo/Burkina Fasso). Deus tenha misericórdia dessas crianças, te use para o Reino e estaremos orando e divulgando esse assunto pelo mundo. O mundo precisa descobrir essa barbárie e trabalhar pelo seu fim.
Ola Cristiano, aqui é a Paula da qual o irmão Silvio se refere.
Trabalhamos num projeto que atende garibus em Bobo Dioulasso, vc está em Djibo? é brasileiro? missionário?? seria muito bom conhecê-lo , nossa equipe ia se animar... no momento estamos no Brasil eu e meu esposo, mas poderiamos passar o contato dos nossos lideres desta missão, vc tem interesse? Deus te abençoe, aguardo
Fala cunhado, estou passando aki pra ver as novidades mandar um grande abraço na PAZ do nosso DEUS, pra vc e minha querida IRMÃO.... Estou com muitas saudades de vc's.
Beijos.
Att. Elizeu Costa