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quarta-feira, 14 de novembro de 2007


Durante o periodo em que estava estudando teologia lembro-me da historia
contada nos livros apocrifos de Daniel, onde relatava a sabedoria do profeta
em descortinar a falsa religiao babilonica.

A Historia conta que os babilonios tinham um deus a qual todas as noites
colocavam alimento e de manha os sacerdotes iriam para ver se os alimentos
foram comidos pelo idolo. Sempre que chegavam la encontravam o idolo
do lado o recipente da oferta totalmente vazio. O povo acreditava que o deus
havia sentido fome e se alimentado durante a noite, isso se reptiu ate que
um dia Daniel chamou atencao dos adoradores e lancou um desafio dizendo-lhes:
Esta noite veremos quem esta por tras deste deus eu mesmo vou colocar as
frutas e ofertas para o deus e amanha quero acompalhar o primeiro sacerdote
que faz seu turno pela manha. Todos foram de acordo nao retrucando em nada
a palavra de Daniel pois conheciam seu trabalho no reino.

Daniel pegou um saco cheio de cinza e colocou no patio do idolo fazendo um
caminho da porta ao altar, deixando a oferta la, Pela manha ao irem ver se
o idolo comeu ou nao encontrarm mais uma vez como de costume o local
onde fora colocado as frutas vazio, Daniel disse muito bem quero que voces
sacerdotes olhem essa pegadas que foram deixadas aqui durante a noite pois
ninguem poderia entra na sala durante o momento que o deus se alimentava.
A mentira foi descoberta, alguem estava tirando a comida do deus durante a
noite e dizendo que o proprio deus havia comido mais as pegadas foram
as provas do engano. Simples pegadas mais fortes demais para permitirem
que o povo estivesse no engano.

Essa pequena introducao mostra a inteligencia no ato de desvendar a trapassa
entre os adoradores na babilonia, as pegadas revelam coisas que so os pes de quem
pisou sabem.

Mamudu e filho de um lider islamico local na aldeia onde moro, faz tres anos que
o porprio deu sua cabeca a Jesus. (Expressao fulani parecida com aceitar Jesus)
Durante o tempo em que estava aprendendo a lingua passei tres meses morando
na mesma casa de palha que o Mamudu, nunca vi alguem tao paciente como
ele. Confesso que mesmo com mosquitos lhe pertubando de noite fazendo
aquele baru;ho insuportavel a qual ninguem aguenta, para Mamudu nao era um
incomodo nenhum. Um dia pela manha sua Buguro( Casa tipica de palha) foi roubada
duarante a noite por alguem que mora em Djibo (Vila mais proxima do vilarejo)
ao amanhecer do dia antes das 6:00 ele ja estava na casa do ladrao pedindo sua
mesa onde vendia os produtos no mercado. O ladrao ficou admirado de como
ele conseguiu encontrar sua casa tao rapido, em resposta a pergunta do bandido
mamudu sorriu e disse seus passos sairam de minha casa de palha ate aqui.
Ele conseguiu manter seus olhos firmes nos rastros do ladrao durante mais de 30 minutos
ate chegar a grande vila Djibo, cerca de 7 km de sua casa. Quando escutei sua
Historia fiquei perplexo com a precisao que Mamudu tem e pensei que essa era
mais um artes dos antigos fulanis.

Recentemente Mamudu entrou para trabalhar numa empresa que constroi
estardas, sua tarefa e vigia os materias que se encontram na rua durante a noite.
Ele trabalhou tres Meses pacientemente esperando seu salario e so recebeu
partes que ultilizou na compra de uma ovelha e um saco de milhet. Mesmo triste
com a forma que os patroes estavam usando para complicar o pagamento de
seu salario, Mamudu permaneceu firme como um bom cristao.
O Inverno chegou e durante uma chuva noturna alguem chegou e robou um carrinho de
mao, enquanto o vigia se abrigava na casa de uma amigo. Ao chegar no local dos
materiais e sentindo falta do carrinho de mao a primeira coisa que Mamudu fez foi
ultilizar sua tecnica estranha e bem diferente de seguir os passos do ladrao.
Devido a chuva as pegadas estavam dificies de se enchegar no escuro, agua, lama
rastro de carro e Bicicletas mesclavam a rua de bagadumba ( Nome do Vilarejo)
O Nosso espia fulani seguiu os passos sem vacilar ate ser pego de surpresa
pois os passos terminavam na casa de um dos trabalhadores do empresa de
construcao de estradas. Kaari (Expressao fulani de espanto)
Como confrontar um membro da propria organizacao que esta roubando os materias?
Assustado ele interrogou o suspeito sobre o roubo na noite passada, depois
marcou uma reuniao com todos os liders do trabalho na estrada visando mostrar
a situacao. Na reuniao Mamudu contou toda Historia de como seguiu os passos
e como as pegadas levavam a casa de um dos funcionarios, o chefe escutou
seu depoimento mais disse que nao poderia fazer nada pois se tratava de
um membro da empresa. Revoltado como a situacao Mamudu pediu as contas
e saiu do trabalho alegando que nao adiantava muito esta trabalhando de vigia
e os proprios empregados estavam roubando os materias. Alem do mais
ele nao estava satisfeito com os tres meses de atraso em seu salario.

Sem armas e nenhuma protecao este fulani conseguiu fazer esta apreensao
surpreendendo os chefes da consrucao, sua habilidade foi confirmada mais uma
vez assutanto os que nunca escutaram sobre tal arte. Se novo desafio uma
vez que nao esta mais no trabalho e cultivar um campo de milhet visando um
futuro casamento. Ele e responsavel por sua mae e irmao, seu pai casado com
a segunda mulher abandonou sua mae e irmao menor aos cuidados de Mamudu.

Por Cristiano Carneiro da Silva

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