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sábado, 19 de dezembro de 2009

Transito em Ouaga – Quem se aventura ¿

Penso que depois da Índia e suas ruas cheias de animais, motos, carros e tudo que você possa imaginar Ouagadougou a capital de Burkina Faso, vem em segundo lugar. O negocio é que um pedestre andando parece alguém de bicicleta, já o que vai de Velo(bicicleta em Francês) tomar o ar de quem dirige uma Moto, o ciclo continua pois o individuo da moto pensa que é um carro e por fim o Zirga (Carro em moore) não circula mais voa como um avião e por ai vai o ciclo da violência nos asfaltos esburacados da grande Ville. Conduzindo aqui você aprende que sinal laranja e vermelho é a mesma coisa, uma vez que você passe o laranja o guarda queira te complicar ele tem o direito de pegar seu carro ou sua moto enviando-o para prisão. Já o verde significa sair de segunda macha com toda velocidade e fumaceira possível lembrando o filme dos velozes e furiosos. A desculpa que os Burkinabes dizem para justificar as imprudência e conseguirem subornar os guardas de transito é que: Ninguém obedece mesmo e estamos sempre atrasados, outra que cada vez que paramos consume o combustível etc...

Enquanto escrevo este artigo encontro-me num café de rua típico daqui com duas mesinhas e um par de cadeiras onde todos são bem vindos, aproveitei que a minha moto ainda não foi reparada, tirei uma foto para anexa a este texto e continuei a escrever num lugar que tenha apoio nesse caso a mesa do Café (que ajudou espantar o frio das manhas aqui durante estes meses de ventos e poeira) Refleti comigo mesmo os meses de Novembro e Dezembros foram marcados pelos cartazes da luta contra o excesso de velocidade e a redução no numero de acidentes, tudo esta ligado com o pensamento do próprio africano onde Jeitinho e pouco comparando com nosso jeitinho brasileiro. O maior desafio é vencer tradição de levar tudo encima, cabra, galinhas , vaca, sofá, geladeira, sacos de arroz,gente etc... a lista é imensa e bem criativa.

Com o tempo aprendemos as regras invisíveis do código de transito daqui, por exemplo: quando quiser fazer o sinal para o lado que deseja virar basta colocar a mão, para alguns ciclistas o pé serve de freio (olha, olha são as frases de freio) para variar não usa-se retrovisor e o mais importante é esquecer a regra de preferência a direita nas linhas livres da estrada.

O comercio de venda de motos PUCCU NJAMDI (Cavalos de ferro em fulfulde) só tende a crescer, as motos mais utilizadas aqui são as modelo HONDA BIZ que existe no Brasil. Também existe outra moto de 125 com 4 velocidades que os fulani amam conduzir, é a SANILI também usada pelos comerciantes MOUSSIS que são os donos do RAAGA(mercado em Moore) enfim inacreditável como tem pessoas que não tem onde morar mais são certas de guardarem suas motos do ultimo momento do lado da Oca de palha em pleno Mato bem distante da civilização.

Uma dica para os ´´marinheiros´´ de primeira viagem aqui é dirigir por você mesmo e pelos demais, prudência é pouco quando sabemos que qualquer hora alguém pode passar o sinal e se esbarrar com você na próxima esquina.

Ouagadougou - 20.12.2009

Cristiano Carneiro

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

OS NOVOS PIRATAS

Nas águas do golfo, entre Somália e o Yemen, vários barcos são atacados por parte de somalianos armados. Estes ``novos pitaras´´ pegam os tripulantes e os fazem de reféns em troca de armas e dinheiro. So no primeiro semestre de 2009, 114 ataques foram feitos e 29 navios pegues pelos piratas ao longo da costa somaliana, que se estende por 3.300 km . Ma zona onde eles operam passam cada ano 30.000 navios, e 30% do petróleo mundial. Mas para entendermos melhor a presente ameaça, devemos dar uma olhadinha na origem deste atos brutais.



I- O começo, uma reação contra a pesca industrial

Tudo começou em 1990 com a queda do regime de Syra Barre. Depois a Somália não foi mais um estado direito, por que não tinha um governo central. Esta situação permitiu que certos navios estrangeiros de virem impunemente navegar nas costas somalianas. Os dejetos tóxicos e os grandes pescadores japoneses e coreanos virem fazer a pesca sem autorização. Estes pescadores industriais podiam capturar numa noite o equivalente de um ano de trabalho para os pescadores locai. Foi o que alegavam os pescadores somalianos. Em reação a isso alguns começaram a atacar e a cobrar ´´taxas´´ aos barcos industriais afim de ganhar algo para as necessidades diárias. Mais pouco a pouco , o movimento mudou de objetivos e o numero de piratas aumentou. De dezenas que iniciaram ; eles são hoje 1.100 indivíduos bem armados e perigosos.

II- Fusis , complices e ligações satélites

Antigamente , quando falávamos de piratas a imagem que vinha a mente era de : Homens barbados , uma bandana vermelha na cabeça, espadas longas e afiadas, navios com saídas de canhões nas janelas etc...

Hoje nas águas do Golfo D´Eden se trata de pessoas vestidas simplesmente, munidas de fusis de assaltantes ou lanças mísseis. A Bordo das pequenas embarcações rápidas, a maioria dos piratas somalianos são equipados com material tecnológico como os radares e outros utensílios de navegação modernos. Eles não se intimidam com as águas profundas e longas afim de ganharem tempo e repararem suas velas. Eles atacam também barcos com mercadorias principalmente os leves, desde que o navio é a vista eles atacam e tomam rapidamente tudo. Uma vez controlados pelas armas, o saque e rápido e o seqüestro em seguida das vitimas que serão negociadas com o passar do tempo. Eles entraram em negociação com os interessado por troca de alimento (Dinheiro) enquanto o navio é levado para a base num porto próximo.

III - Mais de 25 milhoes de dólares como resgate

Os piratas mantém vários portos que são os receptores de seus roubos, na África do Leste. Os próprios ficam de escuta nos radares dando a localização e mudança dos alvos. Em novembro de 2008, os piratas conseguiram conquista o maior navio de todos ate então seqüestrado : O Sirus Star um supertanque de 300 metros de largura, transportando 25 milhões de Euros em petróleo, neste mesmo ano eles já tinham conseguido entre 25 e 30 milhões de dólares só de pessoas que pagaram para recuperarem seus navios.

VI - Rotas internacionais

Apesar dos assaltos a alto mar os navios não querem deixar de percorrerem esta tora pois dando a volta pela costa seria perca de tempo e Dinheiro. E a pesca industrial e muito rentável. Face a esta situação, o pedido de certos paises qual os barcos são vitimas de ataques foi aceito pela ONU em Junho de 2008, que permite os militares estrangeiras atacarem os piratas em águas Somalianas. Esta reação internacional cooperou para a pesca de vários piratas e a liberação de reféns. Em dezembro de 2008 a França e Espanha colocaram aeronaves numa operação denominada ´´Atalanta ´´ .para proteger os navios mercantilistas e os da PAM(Programa de Alimentação mundial) Apesar dos navios de guerra americanos, europeus, chineses e indianos os piratas não se intimidaram com seus ataques tornando o clima tenso e a pólvora acesa esperando quem ataque primeiro.

Adaptado da revista Planeta Africano

Numero 101.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

DOENÇA DO SONO ZZZZZZ



doença do sono ou tripanossomíase africana é uma doença frequentemente fatal causada pelo parasita unicelular Trypanosoma brucei. Há duas formas: uma na África Ocidental, incluindo Angola e Guiné-Bissau, causada pela subespécie T. brucei gambiense, que assume forma crónica, e outra na África Oriental, incluindo Moçambique, causada pelo T. brucei rhodesiense, forma aguda. Ambos os parasitas são transmitidos pela picada da mosca tsé-tsé (moscas do género Glossina).

Trypanosoma brucei.

  • Reino: Protista
  • Filo: Euglenozoa
  • Classe: Kinetoplastea
  • Ordem: Trypanosomatida
  • Género: Trypanosoma

O T. brucei é um parasita eucariota unicelular cujo género inclui ainda o T. cruzi, que causa a doença de Chagas.

O tripomastígota (comprimento de 20 micrómetros), a forma activa no sangue do Homem, tem núcleo central, uma única grande mitocôndria alongada, que contém o cinetoplasto, zona com o DNA mitocondrial. Tem ainda um flagelo que lhe dá mobilidade. A sua membrana celular ondulante (devido aos movimentos flagelares) é recoberta de glicoproteínas pouco imunogénicas, permitindo-lhe passar despercebido. As formas epimastígota e promastígota (formas na mosca tsé-tsé) são mais condensadas. Contêm ainda glicossoma, grânulos ricos em glicogénio.

O T. brucei gambiense causa a variante ocidental e é menos virulento que o T.brucei rhodesiense que causa a variante oriental. O T. brucei brucei não causa doença em seres humanos, mas causa a doença nagana em alguns animais domésticos.

A glicoproteína que o parasita exprime na sua membrana é reciclado continuamente com outros tipos de glicoproteína (codificados pela família de mais de mil genes VSSA, dos quais em um momento apenas um está a ser transcrito). A mudança dos antigénios externos permite-lhe escapar largamente ao sistema imunitário, pois quando anticorpos específicos contra um tipo de glicoproteína já estão fabricados, ele já mudou o gene que exprime e a glicoproteína já é outra.

Ciclo de vida

O parasita existe na saliva das moscas tsé-tsé e é injectado quando estas se alimentam de sangue humano. Ao contrário do seu primo americano, o tripomastigota T. brucei não invade as células (nem assume forma de amastigota), alimentando-se e multiplicando-se enquanto tripomastigota nos fluidos corporais, incluindo sangue e fluido extracelular nos tecidos. Uma nova mosca Glossina é infectada quando se alimenta de individuo contaminado. Ao longo de cerca de um mês, o parasita assume várias formas (epimastigota principalmente) enquanto se multiplica no corpo da mosca, invadindo finalmente as glândulas salivares do insecto (as moscas vivem cerca de 6 meses).

Epidemiologia

A doença do Sono ocorre apenas em África, nas zonas onde existe o seu vector, a mosca tsétsé. Não existe na África do Sul nem a norte do deserto Saara. Haverá cerca de meio milhão de pessoas infectadas em cerca de 40 países africanos.

A subespécie gambiense existe apenas a oeste do vale do grande rift africano, nas florestas tropicais, sendo um problema grave em países como os Congos (antigo Zaire), Camarões e Norte de Angola. A transmissão é principalmente de humano para humano, com menor importância dos reservatórios animais. As moscas transmissoras são as Glossina palpalis, que se concentram junto aos rios, lagos e poços.

A subespécie rodesiense existe a leste do grande rift, principalmente na região dos grandes lagos, nas savanas: Tanzânia, Quénia, Uganda e Norte de Moçambique. Os antilopes, gazelas e animais domésticos são reservatórios importantes do parasita. Transmitido pelas moscas Glossina morsitans.

Progressão e sintomas

Após a picada infecciosa, o parasita multiplica-se localmente durante cerca de 3 dias, desenvolvendo-se por vezes uma induração ou inchaço edematoso, denominado de cancro tripanossómico, que desaparece após três semanas, em média. O inchaço não surge na grande maioria dos casos de infecção pelo T. gambiense e apenas em 50% dos casos de infecção com T. rodesiense.

O parasita dissemina-se durante 1-2 semanas (T. gambiense) ou 2-3 semanas (T. rodesiense) da picada pelo corpo do doente. O T. gambiense produz muito mais alta parasitemia que o T. rodesiense. Os sintomas são todos durante as fases de replicação ou parasitémia. Os parasitas multiplicam-se no sangue, a maioria com uma mesma glicoproteína de membrana. No entanto alguns poucos trocam a glicoproteína por outra de dentro do seu leque de 1000 genes para essas proteínas, num processo aleatório. Quando o sistema imunitário produz anticorpos específicos contra a glicoproteína dominante, a maioria dos parasitas é destruida, mas não os poucos que, por acaso já tinham trocado a glicoproteína que usam. Os sintomas cessam, mas os parasitas com a glicoproteína diferente não são afectados pelos anticorpos produzidos e multiplicam-se, gerando nova onda parasitémica e de sintomas. Então são produzidos novos anticorpos contra a nova glicoproteína dominante, que mais tarde são eficazes em destruir a maioria dos parasitas excepto aqueles poucos que já trocaram novamente a glicoproteína que usam, e assim por diante. O resultado são ondas de multiplicação e sintomas agudos que vão aumentando até originar sintomas do tipo crónico, após muitos danos. A grande quantidade de anticorpos produzidos leva à formação de complexos dessas proteínas, que activam o complemento e causam também directamente danos nos endotélios dos vasos e nos rins. Os danos nos vasos geram os edemas, e microenfartes no cérebro, enquanto a anemia é devida à destruição acidental pelo complemento dos eritrócitos.

Os sintomas iniciais e recorrentes são a febre, tremores, dores musculares e articulares, linfadenopatia (ganglios linfáticos aumentados), mal estar, perda de peso, anemia e trombocitopenia (redução do número de plaquetas no sangue). Na infecção por T. rodesiense pode haver danos cardíacos com insuficiência desse órgão. Há frequentemente hiperactividade na fase aguda.

Mais tarde surgem sintomas neurológicos e meningoencefalite com retardação mental. Na infecção por T. gambiense a invasão do cérebro é geralmente após seis meses de progressão, enquanto o T. rodesiense pode invadi-lo após algumas semanas apenas. Sintomas típicos deste processo são as convulsões epilépticas, sonolência e apatia progredindo para o coma. A morte segue-se entre seis meses a seis anos após a infecção para o T. gambiense, e quase sempre antes de seis meses para o T. rodesiense. O Trypanosoma brucei é um dos parentes do Trypanosoma cruzi (causador da Doença de chagas).

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é geralmente pela detecção microscópica dos parasitas no sangue ou líquido cefalo-raquidiano. Também se utiliza a inoculação do sangue em animais de laboratório, se a parasitémia for baixa, ou a detecção do seu DNA pela PCR.

Na fase aguda, o tratamento com pentamidina é eficaz contra T. gambiense, e a suramina contra T. rhodesiense. No entanto a resistência é crescente a estes fármacos. Na fase cerebral, já poderá haver danos irreversíveis. É necessário usar o tóxico melarsoprol, que mata sem ajuda do parasita 1-10% dos doentes, ou no caso do T. gambiense, a eflornitina.

A doença do sono é considerada como "extremamente negligenciada", pela DNDI, basicamente porque afeta principalmente os muito pobres, em áreas igualmente pobres.

Prevenção

As Glossina, ao contrário de quase todos os outros insectos que picam humanos são mais activas de dia, logo dormir em redes apesar de aconselhado, não protege tanto como protege contra malária, cujo mosquito é nocturno. É necessário usar roupas que cobrem a maioria da pele e sprays repelentes de insectos. O uso de aparelhos coloridos eléctricos que atraem e matam as moscas é útil. A destruição das populações de moscas é eficaz para a erradicação da doença.

Fonte

www.wikipedia.org

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