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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Os Missionários são desequilibrados?



Os Missionários são desequilibrados?

T. Norton Sterret
Os missionários são desequilibrados? Claro que são. Sou um deles. Devo saber.
O missionário provavelmente começou como uma mulher ou homem comum. Vestia-se como as outras pessoas. Gostava de jogar tênis e ouvir música.
Porém, mesmo antes de sair para o campo, ele se tornou “diferente”. Admirado por alguns e digno de dó de outros, ele era conhecido como alguém que estava deixando o país, os projetos e o lar por uma visão. Logo parecia ser um visionário.
Agora que ele voltou para casa parece ainda mais diferente. Para ele, algumas coisas – grandes coisas – simplesmente não parecem importantes. Até mesmo os jogos do Campeonato Mundial ou da Copa Davis não o interessam de maneira especial. E aparentemente não vê as coisas como as outras pessoas vêem. Oportunidade única na vida – encontrar Isaac Stern pessoalmente – parece deixá-lo indiferente. Isso faz com que você queira saber onde ele esteve.
Bem, onde ele esteve?
Onde o conflito com o mal é intenso, uma luta, não uma moda – onde as roupas não se combinam porque há pouco tempo para cuidar disso – onde as pessoas estão morrendo, carecendo da ajuda que ele pode oferecer, a maioria delas sem saber que ele tem algo que a dar – onde o calor é de 48 graus à sombra, e ele não pode perder tempo refugiando-se nela.
Não só o espaço, mas o tempo também parece ter passado para ele. Quando você fala sobre os Rolling Stones ele olha indignado. Quando você menciona “Guerra nas Estrelas” ele pergunta o que é isso. Você então imagina há quanto tempo ele está fora.
Tudo bem, quanto tempo ele esteve fora? Tempo suficiente para que trinta milhões de pessoas fossem para eternidade sem Cristo, sem nenhuma oportunidade de ouvir o Evangelho – e algumas delas se foram diante de seus olhos; quando aquele barco frágil afundou; quando aquela epidemia de cólera se espalhou; quando aquele motim hindu-muçulmano foi deflagrado.
Há quanto tempo ele está fora? Tempo suficiente para sofrer dois surtos de disenteria amebiana, para cuidar de sua esposa com repetidos ataques de malária, para ser informado da morte de sua mãe que ele nem sabia que estava doente.
Quanto tempo? Tempo suficiente para ver poucos homens e mulheres se voltando para Cristo, vê-los beberem do ensinamento bíblico que lhes deu, para lutar e sofrer com eles por causa da perseguição oriunda dos parentes não-cristãos, para vê-los crescer em um bando barulhento de crentes dirigindo seu próprio louvor, para ver esse grupo desenvolver uma igreja local que está alcançando a comunidade.
Sim, ele está fora há muito tempo.
Então, ele é diferente. Mas parece desnecessário agora. Pelo menos, já que ele está nesse país, deveria dar mais atenção às roupas, ao que está acontecendo ao redor, ao lazer, à vida social.
É claro que poderia.
Mas ele não pode esquecer – pelo menos durante a maior parte do tempo – que o dinheiro de um tenro novo compraria três mil Novos Testamentos, que enquanto um americano gasta um dia no trabalho, cinco mil indianos ou chineses vão para a eternidade sem Cristo.
Logo, quando um missionário volta para a igreja ou seu grupo de cristãos, lembre-se de que ele estará diferente. Se ele tropeçar em alguma palavra aqui e ali, é porque está falando há vários anos em uma língua estrangeira quase exclusivamente e possivelmente continua fluente nela. Se não está no grupo de preletores é porque talvez não tenha tido a oportunidade de falar em inglês em um púlpito faz um bom tempo. Pode ser que ele seja eloqüente na rua de um mercado indiano.
Se parece que ele não entra no ritmo tão rápido quanto você gostaria, se ele se mostra menos acessível do que um jovem evangelista ou professor universitário, lembre-se que ele esteve sob um sistema social radicalmente diferente desde que você começou o segundo grau e pode não estar familiarizado com a conversa informal.
Lógico, o missionário está desequilibrado.
Mas pelo padrão de quem? O seu ou o de Deus?

Originalmente publicado em HIS, revista estudantil da Inter-Varsity Christian Fellowship, 1948, 1960, 1967, 1982 e utilizado com permissão. DO LIVRO; “O EVANGELHO E A DIVERSIDADE DE CULTURAS”. HIEBERT, PAUL

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